População de Redenção tenta entender a operação “Fonte Seca” da Polícia Federal
Delegado Luiz Felipe faltou com esclarecimentos da operação |
Até o momento a população de Redenção ainda não conseguiu
entender a operação da policia federal denominada ‘Fonte Seca’, que ocorreu na
ultima quinta feira (13) que foram alvos vários órgãos da prefeitura e dezenas
de empresas da cidade. O que chamou atenção é que se juntaram 90 policiais
federais com o apoio de 17 técnicos da Controladoria Geral da União (CGU). Para
isto foram mobilizados policiais de vários estados e até o momento a policia
ainda não informou os resultados da movimentada operação que tinha como meta
fazer 71 abordagens, para cumprir 23 mandados de condução coercitiva e 48 de
busca e apreensão, expedidas pela justiça federal a pedido do delegado Luiz Felipe
da Polícia Federal de Redenção. Mesmo sem concluir as investigações o delegado
aponta um suposto esquema de corrupção na atual gestão da prefeitura de
Redenção que segundo ele teria desviado 50 milhões, com a participação de
empresários, mas não cita os nomes de envolvidos.
CONTESTAÇÃO: Durante a operação realizada houve muita
indignação, pois muitos empresários foram surpreendidos em suas residências na
primeira hora do dia, fato ocorrido também em dezenas de empresas, escritórios
de advocacias e de contabilidade. A revolta é que muitos empresários e empresas
sofreram a abordagem de forma injusta, pois não tinham elementos que os
colocassem como suspeitos, mas mesmo assim sofreram o constrangimento da
abordagem policial, somente pelo fato de terem vendido ou prestado alguns
serviço para a prefeitura. (o Bijú
ganhou uma licitação de, acho que uns 70 mil... ele vendeu uns 15 mil... Ele
foi um dos abordados, nas condições acima descritas)
Esta investigação comandada pelo delegado Luis Felipe já
dura um ano e dois meses e ate agora não foi divulgado qualquer fato concreto
que levasse a comprovar o que esta sendo investigado. Para imprensa o delegado
Luis Felipe disse que não tem a informar qualquer fato que confirme as praticas
investigadas. Ele disse ainda que precisa de mais 10 meses para emitir
relatório dizendo se realmente existe algo de errado e quem é culpado ou não.
Enquanto isso as pessoas de bem que tiveram seus nomes envolvidos
aleatoriamente na investigação terão que enfrentar o constrangimento da
repercussão das ações da Polícia Federal. O delegado não explicou o critério
utilizado para incluir as empresas no rol das suspeitas.
O fato mais abordado dentro do assunto é que a Polícia
Federal é considerada um órgão de alto poder investigativo, e obtém grande
confiabilidade em suas finalizações, e que neste caso parece haver algo
estranho, pois a investigação já dura um ano e dois meses e ate o momento
ninguém foi preso ou indiciado. A quantidade de mandados de busca e apreensão
solicitados pela investigação (71), muitos contra pessoas e empresas sem
qualquer ligação ilícita com a prefeitura coloca em cheque o poder
investigativo de uma das instituições mais conceituadas do Brasil. “A policia
federal possui mecanismos eficientes para investigar, sem confundir bandidos
com cidadãos de bem”, disse um empresário que foi abordado ás 6 h em sua
residência.
Prefeito Wagner
Fontes fala da operação
Procurado pela reportagem, o prefeito Wagner Fontes (PTB)
disse que esta sendo vítima de perseguição politica promovida por
ex-companheiros que ficaram contrariados por não conseguir contemplar
interesses dos mesmos dentro do governo, os quais ele cita o vice- prefeito
Gervásio Camilo que é o autor das denúncias na Policia Federal e o ex-
secretário municipal Pedro Tindô.
Segundo Wagner, o álibi alegado na acusação são as
licitações da prefeitura, “Eles ostentam a soma dos números, mas valor de
licitação não significa compra feita é apenas uma autorização para execução de
compras, isso pode ser constatado nos autos do processo”, explicou.
Wagner diz ainda que sente vitima das ações do delegado
Luis Felipe e classifica-as como tendenciosas, pois seus desafetos propagam
pelas ruas que tem relacionamento privilegiado com o delegado.
Nossa reportagem teve acesso a uma ‘escritura pública de
declaração’ registrada no cartório de Redenção, onde o empresário João de Deus
de Oliveira declara que: Pedro Tindô e Gervásio Camilo garantiram que se ele
prestasse depoimento que derrubasse o prefeito Wagner Fontes ele receberia o
valor de R$ 200 mil. Na declaração registrada, o empresário disse que ouviu de
Pedro Tindô que o delegado falava a mesma língua deles (Gervásio e Pedro) e que
o delegado Luis Felipe estava à disposição e que atenderia o empresário em
qualquer lugar, inclusive na sua residência.
Wagner disse que a prefeitura tem milhares de
funcionários e movimenta milhões e que há a possibilidade de ter alguma coisa
fora do lugar, e que assume e vai responder se houver, mas segundo ele, o que
esta acontecendo é uma campanha maldosa, “Vejo nesse delegado esforços fora do
comum para me desmoralizar”, disse
Wagner afirma que quando começaram as primeiras
retaliações por parte do delegado ele protocolou uma reclamação na corregedoria
da Policia Federal em Belém. “Reclamei que o Delegado Luis Felipe estava sendo
‘parcial’ e fazendo parte de grupo politico de oposição”, disse.
O prefeito também lembrou o episodio quando o mesmo
delegado emitiu um relatório lhe acusando de vender casas populares a R$ 2 mil,
fato que causou o programa Minha Casa Minha Vida em Redenção gerando a
suspensão da entrega das 500 casas a famílias carentes. “Todo relatório do
delegado era em cima de disse me disse, nada concreto, o Juiz Federal
desqualificou o relatório por falta de provas e cassou a liminar que impedia a
entrega das casas”, disse Wagner.
O prefeito também disse que não havia necessidade do que
aconteceu na ultima quinta feira (13), pois ao ter conhecimento da
investigação, ele entregou copias de todas as licitações, contratos e convênios
no Tribunal Federal em Brasília, Superintendência da Polícia Federal em Belém e
na Delegacia da Polícia Federal em Redenção. “Fiz tudo isso para evitar esse
constrangimento” disse.
Nossa reportagem procurou o delegado Luis Felipe, mas o
mesmo não foi encontrado, na delegacia da polícia Federal, foi informado que o
mesmo havia saído de férias.
Afastamento de secretários e uso de
tornozeleiras para monitoramento
Apesar de estar
publicado no site da policia federal que os secretários de obras, finanças e
cultura estarem afastados, os mesmos trabalham normalmente e afirmam que não
foram notificados de nenhum afastamento. Quanto ao boato das tornozeleiras
eletrônicas, os secretários disseram que acha isso um absurdo e que nunca foram
informados de que deveriam usar tal aparelho..
Nossa reportagem constatou que os secretários realmente
trabalham em suas funções e não usam tornozeleiras.
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