Prefeito Wagner Fontes desmente afastamento de secretário e uso de tornozeleiras
Wagner: "Apenas ato de perseguição do delegado" |
Quanto à operação “Fonte Seca”, deflagrada no dia 13 de
Dezembro em Redenção, cerca de 90 policiais federais e agentes da Corregedoria
Geral da União (CGU), reunidos realizaram a maior mobilização nunca registrada
na história de Redenção. A investigação comandada pelo Luís Felipe tinha como
meta cumprir 71 mandados contra órgãos do município e empresas, além de residenciais
de advogados, contadores e empresários. Destes mandados 23 foram de condução
coercitiva e 43 de busca e apreensão. O material apreendido, segundo o delegado
esta sendo periciado e as pessoas conduzidas foram ouvidas na investigação.
O prefeito de Redenção, Wagner Fontes (PTB), afirma que esta
sendo vítima de perseguição por parte do delegado da policia federal de
Redenção Luís Felipe.
Segundo ele, desde que não conseguiu contemplar do
vice-prefeito Gervásio Camilo e do ex-secretário de Agricultura Pedro Tindô, ambos
se uniram com o objetivo de desmoraliza-lo e lhe tirar do poder.
Em uma “escritura pública de declaração” registrada no
cartório de Redenção, um empresário declara que: Pedro Tindô e Gervásio Camilo
garantiram que se ele prestasse depoimento que derrubasse o prefeito Wagner
Fontes ele receberia o valor de R$ 200 mil. Na declaração registrada, o
empresário disse que ouviu de Pedro Tindô, que o delegado falava a mesma língua
deles (Gervásio e Pedro) e que o delegado Luís Felipe estava à disposição dos
mesmos e que atenderia o empresário em qualquer lugar, inclusive na sua
residência.
A operação chamou á atenção da população pelos números e
modos: Foram 71 abordagens, para cumprir 23 mandados de condução coercitiva e
48 de busca e apreensão. Na ocasião dezenas de empresários foram tirados da
cama às 6 horas da manhã por agentes federais e levados para a Delegacia.
Muitos sem qual quer elemento suspeito, simplesmente por algum dia ter vendido
ou prestado algum serviço para prefeitura.
Segundo Wagner Fontes, não havia necessidade os agentes
fazer o que fizeram durante a operação, pois ao ter conhecimento da
investigação, tomou providencias ao protocolar copias de todas as licitações,
contratos e convênios da prefeitura no Tribunal Federal em Brasília,
Superintendência da Polícia Federal em Belém e na Delegacia da Polícia Federal
em Redenção. “Nunca foi negado a entregar qualquer documento ou informação
solicitada”, disse.
AFASTAMENTO DE SECRETÁRIO E USO DE TORNOZELEIRA: Apesar de
ter sido publicado no site da policia federal que havia decisão para que os
secretários de obras, finanças e cultura fossem afastados, os mesmos trabalham
normalmente e afirmam que não foram notificados de nenhum afastamento. Quanto
ao uso das tornozeleiras eletrônicas, os secretários disseram que acha isso um
absurdo e que nunca foram informados de que deveriam usar tal aparelho.
Nossa reportagem constatou que os secretários realmente
trabalham em suas funções e não usam tornozeleiras. “Não houve nada de
afastamento nem de uso de tornozeleiras, essa é mais uma atitude maldosa para
nos desmoralizar”, disse Wagner Fontes.
Durante entrevista o prefeito também lembrou o episodio
quando o mesmo delegado emitiu um relatório lhe acusando de vender casas
populares a R$ 2 mil, o que culminou no cancelamento do programa Minha Casa
Minha Vida em Redenção e a suspensão da entrega das 500 casas à famílias
carentes. “Todo relatório do delegado era em cima de disse me disse, nada
concreto, o Juiz Federal desqualificou o relatório por falta de provas e cassou
a liminar que impedia a entrega das casas”, disse Wagner.
Wagner afirma que quando começaram as primeiras retaliações
por parte do delegado ele protocolou uma reclamação na corregedoria da Policia
Federal em Belém. “Reclamei que o Delegado Luís Felipe estava sendo parcial”,
disse.
Esta investigação já dura um ano e dois meses, e teve início
a partir de uma entrevista dada pelo vice-prefeito Gervásio Camilo. O delegado Luís
Felipe, até agora não revelou qualquer informação que comprove o que esta sendo
investigado e disse que ainda precisa de mais 10 meses para concluir seu
relatório, dizendo se há ou não crime.
Nossa reportagem tentou falar com o delegado Luís Felipe,
mas a informação é que se encontra de férias. Pedro Tindô e Gervásio Camilo não
foram localizados até o fechamento desta reportagem.
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