Coronavírus tira a vida de um guerreiro Kayapó

Guerreiro Paulinho Payakan, deixa uma história de lutas
Considerado um dos maiores líder indígena da família kayapó Paulinho Paiakan, 70 anos, veio a óbito no último dia 17/6, na cidade de Redenção no Sul do Pará, vítima da Covid-19, após duas semanas de internação em UTI no Hospital Regional de Redenção.
Família Kayapó em LUTO... último adeus a um dos grandes líderes Kayapó, Paulo Paiakan ou simplesmente Paulinho Paiakan, foi um dos caciques mais famosos do Brasil.  Morador de Redenção a décadas, Paulinho se destacou pela inteligência e habilidade em desenvolver comunidades indígenas, criando ferramentas que promovem uma melhor qualidade de vida a seus membros, e também militava na grande luta onde defendia a demarcação de terras indígenas
Paiakan, um dos mais importantes líderes indígenas na época da redemocratização do país, morreu Ao lado de importantes lideranças, como Ailton Krenak, Raoni e Juruna, Paiakan teve papel fundamental na luta a favor da demarcação das terras indígenas, da expulsão de madeireiros e garimpeiros de terras indígenas e da oposição à construção de hidrelétricas no Rio Xingu.
Paulinho Paiakan junto com outras lideranças da sua tribo conseguiram a homologação da Terra Indígena Kayapó, com 3,3 milhões de hectares, em 1991, e da Terra Indígena Baú, com 1,5 milhão de hectares, em 2008, estimando-se que atualmente existam 12 mil integrantes da etnia hoje.
Apenas para lembrar, foi no ano de 1992, veio à tona um caso de repercussão internacional, onde Paulinho Paiakan nessa época, foi acusado de estupro por uma estudante de 18 anos, sendo condenado, chegou a cumprir dois anos e quatro meses de prisão domiciliar em sua aldeia.
A morte de Paulinho Paiakan foi considerada uma grande perda, o que causou comoção aos povos indígenas do Brasil, onde a deputada federal indígena Joenia Wapichana (Rede-RR), no dia do seu falecimento prestou uma homenagem ao líder na sessão virtual da Câmara dos Deputados.
Segundo um líder da aldeia Las Casas, localizada a cerca de 15 quilômetros da cidade de Redenção, o corpo de Paiakan transladado para a aldeia de origem, onde foi sepultado de acordo com as tradições indígenas. O líder indígena deixa mulher e três filhas. (Nisan Sarmento)

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