Lula será convidado para depor sobre Rosemary
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será convidado
para explicar no Congresso a relação com a ex-chefe de gabinete da presidência
em São Paulo Rosemary Noronha, demitida depois de ter o nome envolvido nas
investigações da Operação Porto Seguro.
Os parlamentares de oposição querem explicações imediatas sobre
mais este episódio envolvendo o ex-presidente Lula e Rose, como é conhecida, ao
detectar que ambos trocaram pelo menos 122 telefonemas entre março do ano
passado e outubro deste ano - uma média de uma ligação a cada cinco dias,
segundo apontam as investigações da Polícia Federal.
Como o Congresso não tem poder para convocar o
ex-presidente, os oposicionistas esperam, porém, o compartilhamento de informações
pedido para a Polícia Federal antes de
formalizar o convite. “Tentar associar o nome de Lula a uma funcionária de
terceiro escalão é fazer uso político de um esquema que já está sendo
investigado e, inclusive, já conta com providências do governo”, protestou o
deputado Cândido Vacarezza (PT-SP).
Lula ainda não fez comentários sobre as investigações da
Polícia Federal. Procurado, o Instituto Lula informou que o ex-presidente não
vai se pronunciar.
Gabinete em SP
sofrerá mudança
Criado em 2003 pelo Lula, o gabinete regional da Presidência
da República, em São Paulo, sofrerá
mudanças após a demissão da ex-chefe de gabinete Rosemary, acusada de integrar
um esquema de venda de parecer para empresas.
O cargo, até segunda ordem, não terá um substituto. A definição
de agenda e de encontros com autoridades
na capital paulista ficará sob a responsabilidade do gabinete, em Brasília. O
Palácio do Planalto afasta, pelo menos por enquanto, a possibilidade de fechar
o escritório, localizado no 17º andar do prédio do Banco do Brasil, na Avenida
Paulista.
Da estrutura original, ficarão um assessor e duas assessoras
técnicas, que têm cargos de confiança com
salários entre R$ 6,8 mil e R$ 2,6 mil. A investigação da Casa Civil
deverá apontar se houve participação de servidores
do gabinete regional nas fraudes apontadas pela Polícia Federal.
A presidente Dilma Rousseff tem usado pouco o escritório na
capital paulista. Segundo a agenda oficial, foram somente seis reuniões no local este ano. Em três oportunidades, a presidente
manteve encontros com o Lula em 13 de abril, 5 de setembro e 10 de outubro.
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