Vereador denuncia “fábrica de multas” no trânsito de Redenção

Incomodado com tantas reclamações que chegam de todos os lados de Redenção, o vereador Joás Possidônio (PSC), fez severa denuncia contra suposta “fábrica de multas”, que vem sendo praticadas pelos agentes do Departamento Municipal de Trânsito e Tráfego (DMTT), que, segundo ele, tem causado um verdadeiro terrorismo na cidade. O parlamentar disse que as multas que vem sendo aplicadas através do DMTT se transformaram numa verdadeira indústria de arrecadação, prejudicando milhares de pessoas, que são multadas pelos agentes.
Falando para a nossa reportagem, Joás em levantamento de julho a dezembro de 2009, foram aplicadas cerca de 15 mil multas pelos agentes do departamento, que considera um absurdo. “Sou a favor da moralização do trânsito e não desse terrorismo que foi implantado no município”, criticou.
Conforme Joás, cada multa aplicada corresponde a R$ 153,00 se for paga na data do vencimento, caso contrário, quer dizer fora do prazo o valor sobe para R$ 191,00, explicando que desse valor R$ 10,00 são repassados ao Fundo Nacional de Trânsito e R$ 40,00 para o DETRAN (Departamento Estadual de Trânsito) e o resto fica nos cofres do município. “Isso significa que está prevista uma receita de mais de 2 milhões, para a prefeitura de Redenção”, afirma.
Outra questão citada por Joás, é quando as pessoas são multadas e recebem as notificações em casa, elas podem recorrer da multa perante a Junta Administrativa de Recursos de Infrações(JARI), fazendo alerta que este departamento é formado por integrantes do próprio DMTT, qual foi taxado de ilegal e sem imparcialidade.
Para o vereador Joás Possidônio, outras ilegalidades em grande parte das multas, que estão sendo aplicadas, são por agentes que não concursados. Lembrou ainda que um requerimento pedindo a relação de concursados e contratados, colocado em votação foi rejeitado pela base governistas, que impediu a população tomar conhecimento, quem os verdadeiros agentes de trânsito que estão na legalidade.
Segundo Joás Possidônio, este é um fato polêmico que merece uma ação mais interativa dos órgãos competentes na fiscalização, lembrando que agente municipal não tem poder de polícia, que mesmo aplicando multas, o fato viola a Constituição.As denuncias foram encaminhadas ao chefe do DMTT, Roni Barros, afirmando que o vereador não focou com a realidade, taxando de mal informado.