ADEPARÁ reuniu com proprietários de matadouros e produtores de leite

Muitas vezes você não conhece a procedência da carne que você e sua família consome, onde leva a criar uma enorme dúvida se o produto que está sendo mastigado passou por um controle sanitário, gerando uma situação de dúvidas de como será a sua saúde no futuro.
Boa parte da carne bovina produzida em Redenção vem de matadouros que representa 80% de todo consumo em Redenção os outros 10% são de caprinos, suínos e peixe.
Atualmente não se sabe ainda quantos por cento, mas, boa parte da carne de gado já tem controle sanitário, porque os animais estão sendo abatidos dentro dos critérios técnicos e de higiene exigidos por lei. Segundo informações uma minoria ainda continua sendo fornecida por matadouros que não atendem a essas exigências, sendo considerados como clandestinos.
Sobre esse assunto aconteceu uma reunião no auditório do Sindicato Rural de Redenção, no último dia 15, provocado pelo gerente Regional da ADEPARÁ, João Paulo Resende e da veterinária Ana Léia Busquetti, onde durante o encontro foi esclarecido à necessidade de cumprir a lei municipal nº. 589, de 25/05/2010, promulgada pela Câmara Municipal de Redenção e, que ainda não foi regulamentada pelo prefeito municipal gerando um clima de insatisfação.
A reunião contou com a presença de proprietários de matadouros e fornecedores do leite in natura e donos de laticínios, todos interessados pela adequação da lei que deverá ser regulamentada nos próximos dias. Marcou presença também o Promotor de Justiça Ramom Furtado, Coronel PM Oliveira, Secretário de Agricultura, Pedro Martins Barros, presidente da Câmara Municipal de Redenção João Lúcio e Presidente do Sindicato Rural Afif Al Jawabri.
Falando aos presentes o Promotor de Justiça Ramom Furtado, destacou a importância da fiscalização dos produtos de consumo humano, afirmando que a lei tem que ser obedecida pela forma a qual foi criada para preservar a saúde da população. Disse ainda que nesse primeiro momento aguardará uma posição do Poder Executivo, no que tange a regulamentação da lei, para tanto foi dado um prazo de 30 dias, onde nesse intervalo a ADEPARÁ juntamente com a Secretaria de Agricultura, trabalhem junto a esses setores tratando da adequação cuja finalidade será resguardar a saúde da população.
O secretário municipal de Agricultura, Pedro Martins Barros (Pedro Tindô), expos sua preocupação com o funcionamento dos abatedouros, que precisam ser fiscalizados como determina a lei. Disse em bom tom que a sua parte ele tem feito, porém não é da sua alçada regulamentar uma lei que foi promulgada pela Câmara Municipal de Redenção, que no mês de maio completa um ano da sua aprovação. “Essa atitude tem que partir do prefeito, não posso forçar nada senão”, disse.
De acordo como determina a legislação federal, estadual e municipal, o animal só pode ser abatido vinte e quatro horas depois que é retirado do pasto, pois, dessa forma, ele estará descansado. Além disso, a carne tem que ficar, também, pelo menos vinte e quatro horas em câmaras frias, para resfriar e só depois ser distribuída. Durante esse período, um veterinário colhe parte do fígado, dos rins e de outras partes do animal para análise, quando se saberá se o mesmo é ou não portador de alguma doença.
Da mesma forma debatido o Ministério Público, quer acreditar que essa relação entre promulgar a lei, fiscalização da ADEPARÁ e a Secretaria de Agricultura, ambos passem a trabalhar na complementação de dar ciência o que poderá acontecer nos próximos 30 dias, que será um prazo de explicação sobre as conseqüências de quem não se adequar com a norma.
De acordo com o vereador João Lúcio, que participou da reunião ele ficou responsável juntamente com o secretário Pedro Tindô, de correr atrás do prefeito Wagner Fontes, pois todo empenho inclui a ordem de regulamentação da Lei do SIM, Serviço de Inspeção Municipal. Falando para a nossa reportagem, o Gerente Regional da ADEPARÁ, João Paulo Resende, disse que nesse primeiro momento não vai haver nenhum tipo de pressão, até que regulamente a Lei municipal. Segundo ele será feito nesse período uma fiscalização dando esse prazo, enquanto sai o aval do prefeito, então a partir daí não haverá justificativa dizendo que não foram avisados.
De um lado existe a falta de informação de grande parte da população, que não se liga nessa questão de fundamental importância para sua saúde. Compra carne de boi, de porco, de carneiro, peixe e o leite, em qualquer esquina, esteja o produto do jeito que estiver. Por outro lado, até hoje, nem mesmo as pessoas mais esclarecidas tinham para onde correr, uma vez que os abatedouros precisam tomar os cuidados indispensáveis no abate dos animais e no transporte da carne. Nesse caso, não adianta muito ter o cuidado de procurar um lugar onde a carne estive ao menos protegida, exposta numa câmara fria, pois ninguém fazia a menor idéia de onde vinha a carne, se os animais eram sadios.
Dentro do foi debatido tudo isso pode ser resolvido num espaço de tempo menor, através do envolvimento da população de Redenção, que precisa começar a selecionar os locais onde compra carne e leite para seu consumo. Essa preocupação não se trata apenas de uma obrigação da Prefeitura, mas toda a comunidade.

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